Como avaliar uma Palestra
Em eventos onde o formato privilegia palestras, workshops e similares, garantir a presença de palestrantes preparados e carismáticos não só pode fazer toda a diferença como é absolutamente importante. Para você saber que fez a escolha certa, precisará aprender como avaliar um palestrante.
Coesão entre o discurso e o tema
Como aborda, e se aborda, o tema proposto. Um sinal típico de escolha equivocada é a clara falta de coesão entre o discurso e o tema proposto.
Embora esse desvio possa ser indicativo de um simples despreparo, normalmente, é reflexo de um certo conflito de interesses.
Quantos de nós já assistimos a palestras em que um tempo excessivamente longo é gasto na venda de produtos ou outras palestras?
É absolutamente natural que motivações profissionais levem alguém a encabeçar uma palestra.
Bons palestrantes, todavia, atrairão a atenção e interesse do público para si, sua empresa ou produtos, apenas desempenhando bem o seu papel.
Didática necessária
Eventualmente, você encontrará um palestrante motivado, de conhecimento ímpar e capaz de tratar de certo tema com maestria. Porém, não significa que ele seja capaz de expressar tudo isso adequadamente.
Certas pessoas possuem uma habilidade quase inata para a fala e o discurso, outras, no entanto, apresentam certa dificuldade.
Ao contrário do que muitos imaginam, eventualmente, essas dificuldades podem ser suprimidas, partindo do devido treinamento.
Isso, contudo, costuma requerer tempo e, nem sempre, um simples ensaio será o suficiente.
Infelizmente, do ponto de vista do organizador, avaliar um palestrante desprovido do tal traquejo é uma das tarefas mais difíceis.
Em um primeiro contato, o potencial palestrante pode até parecer seguro e de fala firme, todavia, quando colocado em frente a uma plateia, a segurança pode rapidamente se desfazer. O inverso é igualmente possível.
Nível de preparo do palestrante
Às vezes, o palestrante pode até ter o traquejo e conhecimento necessários para segurar uma palestra, mas a falta de preparo na construção do roteiro da apresentação é uma rota fácil para o desastre.
É claro, sempre existirão aqueles palestrantes capazes de conquistar toda a audiência confiando apenas no seu próprio carisma, esses, no entanto, são exceção e, a depender do tema abordado, podem igualmente se dar mal.
Uma boa sugestão é solicitar que os palestrantes enviem os arquivos de suas apresentações com uma boa antecedência.
Essa já costuma ser uma prática comum em eventos, para que a equipe possa organizar adequadamente os arquivos, evitando atrasos no dia.
No entanto, é sempre válido dar uma conferida no conteúdo e, eventualmente, repassar algum feedback construtivo aos palestrantes.
Nível de concentração
Em tempos onde todos dispõem de smartphones com acesso contínuo à internet, a batalha pela atenção das pessoas nunca foi tão árdua.
Em bares e restaurantes, amigos desviam a atenção do próprio grupo, da comida e das bebidas, em prol das telas de seus celulares, que dirá em uma palestra!
Ainda assim, um bom palestrante, certamente será capaz de fazer com que sua audiência mantenha uma distância temporária de seus dispositivos. Pode não ser uma tarefa fácil, mas é perfeitamente viável.
Em todo caso, um número demasiadamente grande de telas acesas é um indício dos mais evidentes de que algo não está indo muito bem.
É claro, alguns dos participantes talvez estejam apenas tomando nota, mas não é difícil fazer essa distinção.
Essa maneira de como avaliar um palestrante é simples e requer apenas um olhar atento da equipe de staffs ou do próprio organizador.
Volume de desistências
Já estabelecemos que um número excessivo de smartphones em uso durante uma palestra é mau sinal. Mesmo assim, na pior das hipóteses, isso é sintomático de uma audiência apática.
Se, por um lado, provavelmente, se trata de uma palestra pouco memorável, por outro, não deverá ser a causa de reações exasperadas. O pior, realmente acontece, quando a audiência decide, gradativamente, ir embora.
Muitos organizadores e palestrantes dirão que essa é a mais pura demonstração de falta de educação em eventos, por outro lado, não se pode negar à audiência o direito de se sentir incomodada ou, por vezes, até ofendida com uma palestra.
Nessas situações, é imprescindível que a organização busque entender claramente os porquês. Esse é um fator importantíssimo em um checklist de como avaliar um palestrante.
Às vezes, as razões da fuga coletiva serão claras. Outras vezes o organizador terá de mergulhar mais a fundo na questão.
Além disso, também não se pode ignorar o conceito de mentalidade de grupo, que tende a aumentar a proporção da insatisfação.
Avaliação direta
No fim das contas, nada mais importante do que estabelecer mecanismos eficientes para a captura de feedback por parte dos participantes.
Aqui vale um pouco de tudo: tanto o feedback quantitativo quanto qualitativo têm seu valor.
Eventualmente, vale também bater um papo mais informal com algumas pessoas de sua audiência.
Essa conversa poderá gerar insights que não seriam possíveis por outros meios, agregando conhecimento a sua forma de como avaliar um palestrante.
É importante ter em mente que, de maneira geral, as pessoas não costumam estar muito dispostas a produzir feedback espontaneamente.
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