Já passou por algum trauma?
Abandono, rejeição, fracasso e etc?
Talvez tenha passado pelo término abrupto de um relacionamento. Ou, de repente, começou um negócio, investiu tempo, dinheiro e esperanças e não prosperou.
Quando passamos por algum trauma, e não o processamos de maneira adequada, entendendo suas causas e possíveis consequências, desenvolvemos mecanismos de defesa.
Esses mecanismos tem por objetivo nos proteger da repetição de “erros”. Atuam como espécies de alertas mentais e visam a manutenção de certa coerência psíquica.
Entretanto, quando atuam de forma desequilibrada, atrapalham a percepção de realidade e podem trazer diversas consequências.
Infantilização
Por meio da infantilização, regredimos e passamos a dar muito mais valor a proteção do que a possibilidade de novas conquistas.
Perdemos a coragem de iniciar novos projetos e, literalmente, passamos a agir como crianças.
Esse meio de defesa nem sempre e fácil de identificar.
Alguns adultos chegam a reagir de forma inadequada, com um viés negativo e imaturo, muitas vezes fazendo até mesmo “voz de crianças”. Fazem birra, são dramáticos, necessitam ser o centro das atenções o tempo todo e são impulsivos.
Fonte: Google
No campo dos negócios, os traumatizados manifestam a infantilização ao insistir em estratégias comprovadamente falhas e ao não assumirem seus erros. Imagine o quanto isso pode afetá-los financeira e moralmente.
Na vida afetiva, o infantilizado não se conforma em ser o segundo. Precisa ser a prioridade do casal, nem que para isso ofenda seu par ou deixe os filhos para depois. Inclusive, procura estar rodeado por pessoas com o mesmo viés comportamental como forma de validação.
Importante não confundir um adulto infantilizado com um brincalhão, já que este enxerga e vive a vida de forma saudável e leve, enquanto aquele usa do humor apenas para se autopromover.
Encastelamento
O encastelamento é muito mais comum do que se imagina.
Por meio dele, colocamo-nos em posição de superioridade e criamos diversos empecilhos para iniciar um relacionamento.
Lembra da história da Rapunzel? A bela moça aguarda a chegada de seu herói encastelada no alto de uma torre.
Enquanto aguarda, aumenta suas expectativas em relação a figura de seu salvador e como serão felizes para sempre.
A torre representa simbolicamente o distanciamento entre os planos da fantasia e da realidade.
Fonte: Disney
Podemos fazer a mesma coisa sem perceber.
No campo profissional, criamos metas inatingíveis ou objetivos faraônicos, irrealizáveis.
No campo das relações, esperamos lidar apenas com pessoas perfeitas, esclarecidas e inteligentes (não mais do que nós, é claro). Subimos tanto a régua, que apenas um ser extra-humano será capaz de alcançar.
Na área das finanças, com todo respeito a Lei da Atração, fantasiamos e nos endividamos comprando o tapete de R$ 15.000,00 que estará no hall da entrada principal da casa dos nossos sonhos.
Acho que já deu para perceber o quanto o encastelamento pode ser prejudicial se não for trazido à luz da consciência.
Projeção
Já na projeção, acabamos por atribuir características negativas ao outro sem notar que as mesmas estão em nós.
Com isso, não nos autopercebemos e acabamos por formar uma autoimagem muito distante da realidade. E essa distância pode nos atrapalhar muito.
Por exemplo, podemos tratar uma pessoa com hostilidade, justificando a nós mesmos que ela é uma pessoa hostil, mas na verdade, o único agente cometendo hostilidade somos nós.
Fonte: Google
A melhor dica para autopercepção em matéria de projeção é refletir sobre os julgamentos que emitimos e a razão de fazê-los.
Esses não são os únicos mecanismos de defesa utilizados por nós, mas considero os mais recorrentes e prejudiciais.
É necessário desenvolver consciência de como pensamos e reagimos se quisermos ter bons resultados em qualquer área da vida.
Conte comigo nessa jornada!
Grande Abraço!
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