Biohacking: o que ele tem a ver com saúde, tecnologia e com seu cafezinho?

Alta performance é para todos

Em meio a uma crise criativa, o escritor americano Eddie Morra descobriu a solução para sua vida semifracassada.


Um pequeno comprimido chamado NZT, assim que ingerido, fazia seu cérebro trabalhar numa velocidade inimaginável. Parece cena de filme, não é mesmo? E realmente é — essa é parte da história do filme Sem Limites (2011).


Começo esse tópico trazendo o exemplo do filme para deixar claro que não existe uma fórmula milagrosa como a dessa história (no futuro, quem sabe).

Imagem: Filme Sem Limites (2011)

Alta performance não é o resultado mágico de um comprimido, mas sim do esforço, rotina e múltiplos hacks aplicados em conjunto para melhorar o desempenho do seu corpo e mente.


Mesmo que fórmulas mágicas não existam, com conteúdos cada vez mais difundidos online, é muito fácil encontrarmos informações sobre treinos, alimentação saudável e suplementações que podem auxiliar para um rendimento melhor no trabalho, treinos, enfim, em nosso dia a dia.


Vitamina C para imunidade, Ômega 3 para o coração e cérebro, tudo se encontra na internet. E aí surgem alguns pontos que geram muita polêmica, da auto prescrição até os questionamentos que pacientes fazem dentro do consultório sobre suplementos e hábitos X ou Y.


A verdade é que o mundo mudou e os profissionais de saúde também estão se adaptando a esse novo universo. As pessoas chegam cada vez mais preparadas para as consultas, pois leram ou viram vídeos sobre determinado assunto.


Logo, não cabe mais aos médicos e demais profissionais de saúde criticarem, mas guiarem seus pacientes para os conteúdos corretos, discutirem o que faz ou não sentido para cada contexto.


Pois claro, talvez a suplementação ou determinada dieta faça sentido para mim, mas não para um amigo próximo, por N fatores diferentes.


Portanto, se você busca alta performance, uma das primeiras coisas que deve fazer é buscar bons profissionais de saúde para te apoiar. Pessoas adeptas do biohacking costumam ter mais de um profissional de saúde com eles, como nutricionistas, personal trainers, nutrólogos, neurologistas, etc.

Biohacking: o que ele tem a ver com saúde, tecnologia e com seu cafezinho?

O que podemos entender como biohacking?


Trata-se de uma técnica que usa tanto a tecnologia quanto a biologia para melhorar o desempenho de nosso corpo e mente, com o objetivo de fazer uma espécie de mapeamento do organismo para descobrir pontos de melhorias, elevando a potência e a capacidade do indivíduo.


É simplesmente o ato de você hackear a sua própria biologia.


É descobrir fórmulas, técnicas, aplicativos, alimentos e suplementos que vão fazer você se tornar muito mais produtivo, inteligente e focado no dia a dia.


Se você toma um cafezinho diário para se manter mais ativo durante o dia, de certa forma, está utilizando o biohacking para estimular seu corpo.


De suplementos à prática de esportes, são hacks utilizados tanto por pessoas comuns quanto por atletas, e que nos últimos tempos tiveram aumento gigante no interesse.

Dados: como utilizá-los a seu favor

É consenso que cada vez mais pessoas utilizam wearables para captura de dados: de informações de sono em suas Fitbits até exercícios e calorias com seus Apple Watches ou aplicativos como Strava e Nike Run.


Rapidamente podemos entender como o sono ou diferentes níveis de atividades físicas impactam nossa performance e cada vez mais as pessoas estão utilizando essas informações.

“O que não pode ser medido, não pode ser gerenciado” – W.E. Deming

Essa parte dos wearables e das gigantes de tecnologia atacando esse mercado de dados já é amplamente conhecida, mas existe outra tendência: os dados genéticos.


Entre outras coisas, estes dados permitem identificar doenças genéticas e hereditárias, além de determinar o risco de predisposição a alguma doença ou ainda o risco de a doença ser transmitida à descendência.

Novos produtos no mercado

Se hoje falamos de biohacking, acredito também que o marketing tenha um importante papel por aqui. Há alguns anos se tornou moda no Vale do Silício o uso dos chamados nootrópicos, cujo nome se origina do grego “nóos” (mente) e “tropo” (direção).


São potencializadores cognitivos que, segundo os usuários, são capazes de ajudar a melhorar o desempenho mental sem produzir efeitos colaterais negativos.


Alguns desses produtos até possuem estudos que mostram resultados promissores, mas esse tema ainda divide especialistas, sendo que na maioria dos casos, os benefícios são reforçados pelos adeptos ou empresas que vendem tais produtos, mesmo sem estudos mais aprofundados que identifiquem ou não seus benefícios.


Apesar do nome chique, muitos suplementos que consumimos são considerados nootrópicos, como o Ômega 3 e a própria cafeína.


Indo para uma outra linha de biohacking, temos também o uso de hardwares que prometem desde a cura de doenças neurológicas até telepatia e super inteligência.


Essa linha ainda está mais para o lado da ficção científica, porém o próprio Elon Musk já está investindo nessas tecnologias por meio da empresa Neuralink.

Confira o podcast da MIT Technology Review Brasil sobre o tema.


Imagem: Neuralink, startup que busca conectar o cérebro humano a computadores

O futuro é logo ali

A verdade é que o biohacking está muito mais próximo do que pensamos. Em nosso dia a dia muitas escolhas que fazemos são para melhorar corpo e mente, da opção por uma alimentação melhor até suplementos e vitaminas.


Em minha experiência pessoal, tive resultados muito positivos quando comecei a implementar hacks que estão muito longe das histórias de ficção científica e mesmo assim tive resultados muito satisfatórios.


De 126 kg a 83kg em dois anos sem uso de medicações ou cirurgias, apenas com mudança de hábitos apoiada em práticas esportivas (bike e natação), reeducação alimentar (sem dietas malucas), e muita musculação.


Ademais, meus exames laboratoriais mantêm-se em constância e dentro dos limites indicados (confirme isso nos destaques do meu insta).


Acredito fortemente em resultados apoiados por tecnologia, dados e melhoria continua.


Na área dos negócios, o que seria de nós sem dados e tecnologia? Mas isso é assunto para outra hora...


Grande Abraço!

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